quinta-feira, 20 de abril de 2017

Que saudades

Que saudades tenho de viver num filme:
de deixar o cabelo entrançado desleixadamente,
de me rir de forma tola,
de almoçar fruta,
de ter compridas saias até aos pés que são versáteis no enrolar ao corpo,
de acordar todos os dias ao ar livre,
de ser realmente livre,
de construir as relações que se cruzarem no meu caminho,
de cantar despreocupadamente com a minha voz quebrada,
de ser genuinamente feliz.

Nos filmes, só nos filmes somos sem tempo, sem rotinas, sem repetições e sempre com a esperança de que a vida nos pertence só a nós.
E eu tenho saudades de lá viver.