sexta-feira, 31 de julho de 2015

Postura Troglodita

Deveras que a ninguém incomoda a postura troglodita como caminhamos, nos sentamos, nos deitamos agarrados a um ecran colorido? Que conterá de mais belo que a vida que nos circunda?

Pára. Respira. Levanta o olhar até às copas das árvores ou às frisas de portas e janelas. Inspira. Pisca os olhos. E, sabe-te vivo.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

terça-feira, 28 de julho de 2015

Menina bolsos-cheios

A menina bolsos-cheios era uma menina esperta e que sabia poupar. Ela não era forreta porque de nada se privava. Ela era simpática e generosa e, gostava de partilhar o que tinha.
Contudo, sabia poupar, regatear e renegociar.
Em primeiro, tinha por norma, não dizer que as coisas eram para ocasiões especiais. Nunca era um aniversário, uma despedida de solteira, um batizado ou um casamento. Sabia que isso incrementava em 70% o valor das coisas/serviços.
Por isso, o seu copo de água foi uma surpresa beeem inesperada para o fotográfo. Para além disso, não escolheu uma quinta para a cerimónia, mas antes encheu a sua pastelaria favorita com os seus entes queridos.
Sim, escolheu uma pessoa real para casar. mas tudo o resto foi a poupar..

E não foi pela igreja! Para isso reserva, o baptismo do 1º filho.

Com a poupança, surge sempre algum bom, porque faz compostagem dos seus resíduos orgânicos de uma forma tão bio que transforma o lixo em composto e o vende.

Há pessoas que enchem os bolsos, pensando além dos outros.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Sonhos

Uma vez acreditando, toda a vida se molda e transforma.
A irrequietude toda conta dos dias e, sonhos sonhos enchem-nos a caixa de ideias.

Nesta vida, não podemos preguiçar. É-nos essencial pensar, viver, agir e sonhar. Querer ser mais... e melhor.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Bolinhos de simpatia

Hoje a minha tarde começou com uma oferenda de simpatia. Tenho por hábito oferecer aquilo que como e faço. Faço-o com o entusiasmo de uma criança e, frequentemente as pessoas comem e ficam a gostar (quiçá mais pelo entusiasmo) daqueles alimentos/experiências.

Os bolinhos em questão (nesta história) não são baratuxos e, como tal, hoje ao sentar-me na minha secretária encontro um pacotinho novo em cima da secretária. Na minha e em cada um dos restantes. Que queridos! Simpatia é sem dúvida a melhor forma de propagar felicidade e boa ambiente...

"Apesar de tudo, ainda creio que os homens, no fundo do coração, são bons". Anne Frank.

P.s.: O mistério do iogurte duplicado no frigorífico comum (que não me lembrava ter comprado) também se encontra resolvido. Uma colega decidiu experimentar. 


segunda-feira, 20 de julho de 2015

Horta

Sabemos que estamos no sítio certo à hora certa quando alguém nos mostra uma mão cheia de combustagem orgânica e diz, 
"Sabemos que está pronto, quando cheira a bosque! Ora cheirem..."

E não é que o bosque nos entrou no nariz?

Obrigada, verdocas. 

P.s.: Hoje regámos o nosso primeiro canteiro em conjunto. <3

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Uma scooter. um amor ao vento.

Dois tontos apaixonados como só os apaixonados são tontos. Tontos, que vão com o vento na sua scooter. Vão com o vento... A pendura segura o coração do condutor. Segura-lhe o coração, porque fica sem palavras para o vento, segura-lhe o coração porque tem demasiado medo que ele fuja...

o seu coração,
o seu amor,
os seus braços
e o seu calor.

E deixa que o vento, lhe esvoace os medos.
Lhe esvoace tudo.
Só fica um coração a bater nas contas do condutor, a sincronizar com outro coração, que é Seu, ainda que lhe viva fora do corpo.
Lhe Sobreviva.
Lhe ame.

sábado, 11 de julho de 2015

A crença na humanidade

"A vingança, uma perturbação endémica no Médio Oriente, não as trará de volta para mim. É importante sentir ira na sequência de acontecimentos como este; uma ira que sinaliza a não aceitação do que aconteceu, que nos incita a fazer a diferença. Mas temos de optar por não cair no ódio. O desejo de vingança e o ódio apenas nos roubam a sabedoria, aumentam o sofrimento e prolongam a contenda. O bem potencial que poderá vir deste mal que nos devora a alma é que juntos podemos construir as pontes sobre este precipício conflitual que nos mantém separados há seis décadas." 
Dr. Izzeldin Abuelaish, o "médico de gaza" no livro "Não odiarei"

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Mestres planeadores

Maria e António eram os mestres planeadores. Nada era simples no seu imaginário, quando a mãe pedia, "Maria, podes ir comprar uma galinha?", logo, a Maria elaborava um plano do que poderia fazer no caminho, na chegada e na volta. Raramente o elaborava sozinha, porque o faria?, tinha o António. E os seus planos, nos seus imaginários, incluíam escapar a répteis-com-pelo (refilios) que lhes ladravam no caminho, e a bonecas de cera rugosas (ceríssimas) que lhes queriam pegar (e amachucar?). Não eram planos fácil porque implicavam vestir uma invisibilidade qualquer e retirar o cheiro que tinham a humanos-pequenos. Como se tornarem invisíveis e sem cheiro para que pudessem escapar-se aos seus predadores?

Para que um plano funcionasse, tinham de nomear tudo com que se deparavam, flores, árvores e vendedores. Estes últimos podiam ser carnídeos, verditos ou futílissimos, consoante vendessem, respectivamente (e obviamente!) carne, produtos da terra ou produtos feitos pelo homem. O tratamento teria de ser, claramente, diferenciado. Cada qual com seu ofício e sorriso.

O quanto se divertiam a criar formas de escapar e evadir-se ao mal, "porque o bem sempre triunfa, Maria!". Havia os planos mais traquinas, que repetiam até serem apanhados: 1) Como retirar os patins da prateleira de cima, sair de casa com uma boa justificação para o volume por dentro da camisola e voltar a casa depois da brincadeira, 2) Como esvaziar uma lata de leite condensado sem ninguém dar por nada (excepto aquando a serradura fosse feita?), 3) Como mudar as horas de todos os relógios de casa para que pudessem ouvir estórias encantadas até mais tarde?.

Maria e António eram gémeos e pequenos génios. Do bem, porque na tranquinice o bem vence sempre.