segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Aquilo que era o amor recíproco

Ela fechou os olhos. Tomou-lhe as mãos. Suspirou-lhe, soltando-se de si aquilo que ainda era amor.
Dentro de si, no escuro do dia, a vida sorria-lhe. Dentro de si, tudo existia, o amor recíproco também.

Ele manteve-se atento, curioso, como se deixava sempre ficar na presença de um animal raro, de uma delicadeza estranha, dela. Sorriu. Fora de si, era luz do dia. Fora de si, existiria, em fim, uma vida para além dela. Livre.

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